Inovação ou morte e o futuro da advocacia: O que você tem a ver com isso?
Não se iluda: enquanto estamos lendo este texto, em algum lugar do mundo alguém está inventando ou aprimorando uma ideia que colocará “de ponta cabeça” o nosso jeito de fazer as coisas.
Aconteceu com os datilógrafos, ocorreu com taxistas, deu-se e com os vendedores de livros de papel e está ocorrendo também com o advogados.
E, para tratar dos impactos das novas tecnologias e futuro da advocacia, nosso escritório participou do impactante “Aurum Summit”, congresso capitaneado pela empresa Aurum (empresa de tecnologia que produz soluções para pequenos e grandes escritórios de advocacia), no dia 10.11.2018, em Florianópolis.
Em um dia inteiro de palestras, mesas redondas e outras interações nada convencionais, os advogados do Brasil inteiro foram convidados a refletir sobre inteligência artificial, big data, blockchain e o que tudo o que isto tem a ver com o Direito.
Precisamos confessar que precisaríamos de um artigo para cada assunto, de modos a conseguir apenas dar uma pincelada no tamanho do “abacaxi” que a comunidade jurídica precisará descascar.
Porém, o que mais nos chamou a atenção foi a constatação de que os desafios aplicáveis aos advogados também merecem ser considerados por você que lê este texto neste momento e isto independe da área em que você atua, incluindo-se, até, quem já “pendurou as chuteiras” e está fora mercado de trabalho.
Aos advogados e não advogados propõe-se considerar, portanto os seguintes convites à reflexão, obtidos das palestras e da troca de ideias com os participantes do evento nos intervalos e “cafés com ideias”:
– O impacto das novas tecnologias sobre nossas vidas é absolutamente inevitável, mas o que faremos a partir desta constatação é uma escolha pessoal;
– Precisamos reconhecer, com humildade, que nossos diplomas, certificados e títulos podem ser úteis, mas insuficientes: com uma boa dose de humildade precisamos reconhecer que precisamos aceitar o desafio de aprender novas coisas todos os dias e todas as horas, nas escolas e fora delas. Neste último sentido, aliás, as crianças, os adolescentes e os mais jovens têm muito a nos ensinar;
– Embora o telefone público e os próprios telefones convencionais pareçam coisas da idade da pedra, aquilo que fazíamos com eles não precisa ser enterrado no mesmo caixão: podemos continuar estimulando diálogos através da curiosidade, do entusiasmo, e do interesse pelo que nosso interlocutor tem a nos dizer e ensinar.
– Um rápido passeio pela história da humanidade basta para constatarmos que nossos antepassados viveram dias muito mais difíceis do que nós, caracterizados pela escassez e pelos perigos. Ser grato por ter nascido neste século, ao invés de reclamar das novas tecnologias, pode tornar menos árdua não apenas a nossa vida, mas o cotidiano daqueles que convivem conosco.
E finalmente, concluímos com a recomendação que resume e abrange todas as demais:
– Nem o mais avançado e ousado exercício de futurologia conseguiu, até hoje, prever uma máquina habilitada a exercer o dom de amar: as oportunidades, o conforto, e a facilidades trazidas pelas novas tecnologias não farão nenhum sentido sem a prática diária e cotidiana desta virtude tão genuinamente humana.
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